Por Fernando Crus
A jovem Gisele Moura Camargo, de 29 anos, nascida e crescida no bairro Parque Paraíso, em Cajamar, participou da COP27 que foi realizada no Egito.
Ela é Cientista Ambiental e Co-Coordenadora da “Rede Favela Sustentável” – uma rede articulada de projetos de favelas que atuam com sustentabilidade e resiliência socioambiental nas favelas. Um projeto que articula outros projetos de comunidades e que tem atualmente pautado a justiça climática como foco, combatendo a injustiça climática e o racismo ambiental.
“Minha pesquisa foi lida pela banca como decolonial, uma proposta anti-racista para as questões ambientais, o qual pauto as questões ambientais a partir de uma visão ancestral Africana, trazendo saberes dos povos tradicionais. – disse Gisele.
A COP 27
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e ocorreu de 6 de novembro a 18 de novembro de 2022 em Sharm El Sheikh, Egito.
A conferência é realizada anualmente desde o primeiro acordo climático da ONU em 1992. É usado pelos governos para concordar com políticas para limitar o aumento da temperatura global e se adaptar aos impactos associados às mudanças climáticas.
SOBRE GISELE
Gisele iniciou a carreira realizando diversos cursos técnicos na área de Meio Ambiente. Esses cursos foram feitos em diversos locais do Brasil.
Após a conclusão dos cursos técnicos, Gisele se mudou para Cuiabá-MT, onde cursou por um período o curso de Engenharia Florestal na UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso.
Já com uma boa bagagem curricular, Gisele resolveu voltar para Cajamar e iniciou os estudos de Engenharia Ambiental e Sanitária na cidade vizinha, Jundiaí.
“Minhas idas e voltas em diversos cursos se dava por compreender a noção de meio-ambiente que se tinha nestes cursos eram muito técnica e pouca considerava o social, especialmente as questões humanas que tangem o eco-sistema” -disse Gisele que, após os cursos, encontrou o conceito de estudos na área de Ciência Ambiental.
O Trabalho de Conclusão de Curso de Gisele (TCC) foi selecionado e publicado em setembro no Nexo Acadêmico (https://www.nexojornal.com.br/academico/2022/09/01/Uma-resposta-ancestral-para-a-crise-ambiental) – Núcleo de Estudos de C&T e Sociedade.
Gisele também escreveu um texto onde fala da origem da ancestralidade.
Na região, Gisele foi educadora Ambiental em Cajamar, atuou como Técnica de Meio Ambiente em Santana de Parnaíba, além de ter trabalhado na TCL e Natura, também na área ambiental. Atualmente Gisele se dedica totalmente à ONG.