O governo federal está considerando a volta do horário de verão para 2025, em função do risco de colapso no sistema elétrico nacional. A decisão ganhou força após um alerta recente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que destacou a necessidade de aliviar a rede de energia no período de pico, entre 18h e 19h, principalmente por conta da queda de geração solar ao entardecer.
Por que essa retomada é considerada urgente?
- Estiagem prolongada: a escassez de chuvas tem reduzido o volume dos reservatórios das hidrelétricas.
- Aumento do consumo à noite: o uso de ar‑condicionado e eletrônicos no início da noite intensificou a demanda elétrica exatamente quando a geração solar cessa
- Alternativa imediata e de baixo custo: o horário de verão anteciparia uma hora, usando melhor a luz natural e reduzindo a necessidade de termelétricas, que são mais caras e poluentes
O plano segue o formato tradicional: início em outubro e término em fevereiro, abrangendo as regiões Sul, Sudeste e Centro‑Oeste.
Impacto econômico
- Um levantamento do ONS estima que a adoção da medida entre outubro/2024 e fevereiro/2025 poderia economizar aproximadamente R$ 400 milhões no uso de termelétricas no pior cenário — e R$ 244 milhões no cenário otimista.
Próximos passos
- A recomendação do ONS foi apresentada ao governo em meados de maio de 2025.
- Agora, o Ministério de Minas e Energia e o Palácio do Planalto estão revisando os dados técnicos.
- A decisão final deve ocorrer em breve, mantendo o padrão de anúncio ainda nos próximos meses, antes do início do verão.